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DR AFONSO GUIMARÃES DEFENDE INVESTIGAÇÃO NAS DENÚNCIAS DE MENSALÃO À DEPUTADOS E DIZ QUE ESCOLHA DO TCE DEVE SER SUSPENSA






 Após denúncia, dando conta que esta havendo possível compra de deputados na ordem de R$ 1,5 milhão e ofertas de cargos no governo de Waldez para beneficiar a indicação da deputada estadual, Marília Goés (PDT), para a vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), o promotor aposentado Afonso Guimarães defendeu investigação e a suspensão do processo de escolha. 

"Esse tipo de denúncia tem que ser investigada, para não ficar dúvidas sobre a lisura do procedimento de escolha do conselheiro do Tribunal de Contas. Enquanto isso, a escolha deve ser suspensa", disse o promotor aposentado Afonso Guimarães, um dos principais membros do MP que combateu a corrupção no Amapá na última década.

Entenda o caso

A partir de hoje (21) a qualquer momento o presidente da Assembleia Legislativa, Kaká Barbosa (PL), pode enviar, após aprovação em plenário, para sanção do governador Waldez Góes (PDT) o nome do futuro conselheiro do Tribunal de Contas do Amapá (TCE). 

Segundo publicação nas redes sociais e no tradicional jornal Diário do Amapá do jornalista Luís Melo o jogo para a indicação da vaga está pesado e o valor do voto está valendo R$ 1,5 milhão. “Em vez de ficarem constrangidos e morrendo de vergonha na cara, deputados ficaram irritados com nota sobre supostos R$ 1,5 milhão, que cada um deles [nem todos] estaria cobrando pra votar naquele que substituirá Miranda, no TCE, nem todos, repito”, escreveu o jornalista.

A disputa de poder são entre dois grupos. Um liderado pela deputada e primeira-dama Marília Góes (PDT) e o outro pela colega de parlamento Luciana Gurgel (PL), inclusive essa última acabou de perder o apoio de quatro deputados, que após pressão do governo e de um empresário conhecido por financiar campanha de políticos, mudaram de lado. 

Um dos principais articuladores da campanha pró-Marília, segundo denúncias, seria o presidente do TCE, Michel JK, cujo irmão é o deputado Jack JK. Outro operador político seria o Secretário da Sefaz, Josenildo Abrantes, pré-candidato à deputado federal e o dono da chave do cofre do GEA, responsável pelo pagamento de empresas e fornecedores. 

Fontes afirmam que  fiscais da Receita Estadual, teriam dado uma batida esta semana em empreendimentos de um importante empresário, padrinho de um grupo de deputados. Daí a suposta mudança repentina de apoio, principalmente dos deputados estaduais Jaime Perez e Zezinho Tupinambá, que até semana passada estavam fechados com a deputada Luciana Gurgel.

Tendo o prenome de Felipe, o empresário detém o poder de controle político de pelo menos 5 parlamentares. O Governo sabendo que o assédio por cargos não funcionaria, resolveu pressionar e perseguir o empresário que é patrão do grupo de deputados.

Além disso, o próprio governador Waldez fatiou algumas secretárias, como a do Trabalho e Empreendodorismo, como forma de dar cargos aos deputados apoiadores e assim garantir a indicação da esposa, Marília Góes.
No entanto, se a Lei Orgânica da instituição for levada ao pé da letra, coisa que nunca ocorreu no Amapá, o mais perto que Marília chegaria no TCE seria no Plenário, no julgamento de suas contas quando a mesma foi gestora da Secretaria de Estado da Inclusão e Mobilização Social (Sims).


Isso porque o Inciso II do Art. 9º da Lei Orgânica deixa claro que serão nomeados conselheiros somente aqueles que têm, entre outras qualidades, idoneidade moral e reputação ilibada, o que não é o caso da parlamentar.
Por enquanto não se tem informação se os órgãos de controle externo, como o Ministério Público, estão acompanhando as denúncias mensalinho e de negociação de cargo por voto. O fato é que a eleição para o cargo de conselheiro mudou o cenário das alianças políticas no Amapá, com a família Gurgel perdendo espaço no governo desde que Luciana anunciou sua intenção a vaga, e o próprio presidente da Assembleia, anunciou o rompimento de anos de harmonia.



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